Desafio Bloggers e Gravidez III
, 25.03.13
Porque as gravidezes são todas diferentes, o Café, Canela & Chocolate tem lançado um Desafio a várias bloggers para nos falarem acerca da sua experiência, respondendo a 10 perguntas sobre gravidez, parto e puerpério.
Desta vez, o desafio foi para a Constança Cabral, do Saídos da Concha, para a Márcia do by Deva e para a Inês Monteiro, do Maria Café. Elas aceitaram e cá estão as respostas:
1- Gravidez normal ou de risco?
Constança Cabral, Saídos da Concha - Cogumelos. Normalmente adoro mas durante a gravidez até o cheiro me enjoava. Ficaram-me a apetecer imenso coisas salgadas como tartes e empadas!
Márcia, by Deva- Em pleno inverno quis morangos e comi morangos, daqueles que se vendem junto com as framboesas, em caixas congelados! Soube-me pela vida! O único alimento que deixei de comer foi frango do churrasco. Um dia fui com umas amigas a uma charcutaria, elas compraram frangos para o jantar e durante a viagem o cheiro enjoou-me de tal forma que não consegui comer durante uns anos mais chegados
Inês Duarte, Maria Café - O café, que adoro, deixei de tomar. Passei a gostar de pataniscas de bacalhau...
Constança Cabral, Saídos da Concha - Não fiz nada, admito! Tentava andar, mas como em Inglaterra estava quase sempre a chover e eu vivia no meio do campo, não era muito fácil.
Márcia, by Deva- Sempre fui muito preguiçosa para ginástica, a única modalidade que fiz foi yoga.
Inês Duarte, Maria Café - Não sou grande adepta do exercício. Quando grávida achava que pelo menos tinha desculpa para não fazer nada...
Constança Cabral, Saídos da Concha - Tive de passar a tomar o pequeno-almoço antes de tomar banho. Sempre fiz ao contrário mas, se não comesse mal acordasse, ficava muito mal-disposta.
Márcia, by Deva- Nada. Tudo igual.
Inês Duarte, Maria Café - Nem por isso. Obrigou-me a adaptar alguns hábitos porque andava mais cansada, com mais sono, com mais fome, enjoada... Passei a dormir mais, a comer de forma diferente, etc. Dizem que gravidez não é doença. Eu normalmente sinto-me doente desde as 6 semanas até ao fim.
Constança Cabral, Saídos da Concha - Do entusiasmo de quem me rodeava. De planear a vinda de um filho, neto, sobrinho.
Márcia, by Deva- A que mais gostei: Saber que tinha um bebé dentro da minha barriga! Saber que dormia, acordava, saia a rua e independentemente do que fazia, ele estava sempre ali, tão próximo de mim. Mas isto é a parte boa, porque como pessoa senti-me gigante ou antes, enorme! Acabei por sensibilizar muitas susceptibilidades ao afirmar que não gostava de estar grávida.
Inês Duarte, Maria Café - De sentir (e ver) os movimentos do bebé. De mostrar ao(s) irmão(s) mais velhos esses movimentos.
Constança Cabral, Saídos da Concha - Foi normal às 42 semanas. Cheguei a ter uma indução marcada mas fartei-me de andar (apesar de estar a nevar) e de subir e descer escadas, e funcionou. Mas tive contracções durante 36 horas, fui ao hospital e mandaram-me para casa... estava em Inglaterra e lembro-me de ter dito (ou gritado... ou gemido) "o próximo é em Portugal". Mas agora vivo na Nova Zelândia, por isso não me parece...!
Márcia, by Deva- Difícil. Entrei a dia 13 no hospital e o meu filho nasceu a 15. Se pudesse teria escolhido logo o que acabaria por ser, a cesariana.
Inês Duarte, Maria Café - O primeiro foi cesariana, o segundo um parto normal difícil, o terceiro um parto normal facílimo. Sem dúvida o parto normal, porque nos faz sentir Mães em pleno e é o melhor para o bebé e para a mãe, mas sinceramente achei a recuperação pós parto igualmente complicada.
Constança Cabral, Saídos da Concha - Não, apesar de a ideia me atrair. Mas acho que se a coisa corresse mal jamais me perdoaria.
Márcia, by Deva- Definitivamente que não. Mas admiro muito todas as mulheres que têm a coragem de o fazer. Penso que no hospital estamos todas mais protegidas (a nível médico) e essa ideia tranquiliza-me.
Inês Duarte, Maria Café - Não, acho que não. Por alguma razão existem os hospitais e houve uma evolução na forma como se nasce... O parto no hospital pode ter intervenção médica mínima, se assim quisermos. Mas temos a segurança de podermos ser assistidas de imediato caso algo não corra pelo melhor.
Constança Cabral, Saídos da Concha - Gravidez, sem dúvida! Os primeiros três meses do Rodrigo foram os mais difíceis da minha vida até agora.
Márcia, by Deva- Puerpério.
Inês Duarte, Maria Café - Gravidez... durante a gravidez nós somos a estrela, os mimos são todos para nós. E eu não gosto muito de estar grávida, sinto-me mal a gravidez toda. Mas o puerpério é uma fase em que a natureza é pouco simpática. A mãe sente-se física e psicologicamente em baixo, com pontos, o corpo deformado, as hormonas descontroladas... e tem um ser indefeso e frágil que depende totalmente dela. Nas três vezes, achei que os dois primeiros meses foram muito complicados, eu e o bebé chorávamos dias inteiros... depois tudo melhorou. Hoje não mudava nada, mas foram fases difíceis. Cólicas, amamentação, fraldas, acordar de 2 em 2 horas, o choro do bebé, não ter tempo para mais nada... ufa! E ouvir “isso passa” não é lá grande ajuda!
Constança Cabral, Saídos da Concha - Sim, durante dois meses. Durante 15 dias tudo correu relativamente bem... até que começou a correr francamente mal. Ele chorava, eu chorava, falei com uma enfermeira, telefonei para a Liga do Leite, li tudo o que encontrei sobre o assunto... mas não resultou. Então passei-o para fórmula e ficámos todos bastante mais calmos (principalmente o bebé). Isto é um assunto sensível em que toda a gente acha que tem razão, mas a sério que eu teria dispensado a lavagem ao cérebro que nos fazem, pelo menos em Inglaterra. Ok, tenta-se, mas se não correr bem não é o fim do mundo!
Márcia, by Deva- Sim. Até aos 6 meses. Porque essa é a ordem mais natural, porque é bonito, porque é bom para a mãe e para o bebé e porque tive sorte em puder fazê-lo.
Inês Duarte, Maria Café - Amamentei os três, embora nem sempre em exclusivo e com três experiências completamente diferentes.
O mais velho nasceu com uma complicação renal que foi detectada com 1 mês. Às 3 semanas ainda não tinha recuperado o peso de nascença, por isso foi introduzido o suplemento. Na altura custou-me imenso, e mantive a amamentação em simultâneo até aos 5 meses. Hoje sei que ele não aumentava de peso porque estava doente...
Acredito que o leite materno é o melhor alimento que lhes podemos dar, mas também acredito que tem de ser bom para o filho e para a mãe. Quando é uma fonte de stress e não se consegue resolver, por vezes é preciso tomar uma decisão. Foi uma decisão difícil de tomar, senti-me muitas vezes culpada por lhe preparar um biberão, mas acabou por ser o melhor para os dois. Ele ficou muito mais sereno, saciado... e eu consegui finalmente acalmar e dedicar-me também a tudo o resto com equilíbrio.
A parte I e II do desafio aqui e aqui.
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