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Café, Canela & Chocolate

O site da autora Sofia Serrano. Conversas de uma mãe, que é médica Ginecologista/Obstetra e adora escrever. Com sabor a chocolate.

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Baby brain: o que muda no cérebro das mães

Avatar do autor , 02.10.18

Sabemos que ficar grávida é entrar num novo mundo: o que podemos e devemos comer, o que vestir, como cuidar do nosso bebé, que cremes usar, os carrinhos ideais para os passeios, as camas que garantem um melhor sono, e muito, muito mais. Amigos, familiares e até desconhecidos adoram dar-nos palpites e opiniões, comentar experiencias de parto, falar das noites sem dormir, do quanto devemos engordar.

 

Mas ainda há um assunto muito pouco falado: o baby brain. E o que é isto?

 

Durante a gravidez, sabemos que há mudanças importantes no corpo das mães: há um aumento de peso, as ancas alargam, as mamas aumentam. Mas, e então a mente? Será que o nosso cérebro também muda durante a gravidez?

A resposta é sim. O cérebro das grávidas muda - em termos de função e de estrutura. Tanto, que os investigadores designam estas mudanças como "baby brain".

 

 

Quantas grávidas não notam que se esquecem do lugar onde deixaram as chaves de casa ou o telemóvel? E de levar os exames para a consulta? Se até há pouco tempo estas alterações de memória eram tidas como um mito da gravidez, são cada vez mais levadas bem a sério. Pensa-se que cerca de 80% das grávidas têm alterações da função cognitiva!

 

Foi publicado este ano um estudo no Medical Journal of Australia que comprova isso mesmo -  mulheres grávidas e não grávidas realizaram uma série de tarefas, incluindo testes de memória, e foram comparadas relativamente aos resultados. Conclusão: as grávidas tiveram piores resultados nos testes de atenção, tomada de decisões, planeamento e memória.

Os investigadores concluiram também que não parece haver impacto importante no dia a dia (por exemplo interferência com trabalho) mas a grávida nota que as suas capacidades estão diferentes.

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É preciso mudar - dos estetoscópios às estrelas

Avatar do autor , 04.02.16

Já (quase) todos sabem que a saúde em Portugal está numa fase muito complicada. Há dificuldades para todos: para os profissionais que trabalham na área, para os utentes. Acima de tudo, tenho pena que não haja um maior esforço para mudar, para melhorar. Que não se invista no que é mais importante para a vida - a saúde. Que se mantenham as velhas mentalidades, que bons profissionais acabem por sair por ser impossivel trabalhar nas condições que temos nos dias que correm.

Mas não é só a saúde que precisa de ser renovada, é a ciência, em geral. O pilar da saúde, da alimentação, do dia-a-dia. As áreas científicas em portugal estão estagnadas, presas a velhos hábitos, a velhos sistemas. Tal como a saúde.  É preciso abrir os armários cheios de mofo e deixar entra ar fresco, luz do sol. Temos excelentes cientistas, e estamos a oferecê-los, de mão beijada, a outros países, onde são reconhecidos, ondem podem trabalhar, onde podem ir mais longe cada dia que passa.

O David é um desses cientistas fenomenais, que descobriu a galáxia CR7, com as primeiras estrelas que se formaram após o Big Bang. O David é fenomenal, apaixonado pelo seu trabalho, incansável, e digo isto à distância possível de irmã. Mas acima de tudo, sei que o David tem um enorme potencial para chegar muito, muito longe, mais ainda do que a CR7. Tenho muito orgulho nele, e muita pena que o nosso país não o estime, a ele e a tantos outros. Mais um ganho para o Reino Unido, que neste momento está cada vez mais recheado dos nossos cientistas, enfermeiros e médicos.

É preciso mudar, é urgente mudar. 

 

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Podem de ler abaixo a entrevista do David Sobral, atualmente a trabalhar na Universidade de Lancaster, na área que é a paixão dele, a Astrofísica. A entrevista original aqui.

 

 

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