Na cama dos pais
Há algo misterioso que se passa durante a noite cá por casa, de vez em quando: uma magia qualquer faz com que acordemos todos na mesma cama, quase sem ninguém dar por nada. Que é como quem diz que os mais novos cá de casa vêm sorrateiramente, em pezinho de algodão, a meio da noite, enfiar-se na cama dos mais crescidos. Silenciosos, lá me metem por entre lençois e almofadas, reclamando e conquistando espaço, e quando toca o despertador tenho frequentemente 1 braço fofinho à volta do meu pescoço - e o pai também.
Sim, já sabemos aquela lenga-lenga de "cada um na sua cama" e blábláblá. Mas depois da terça-feira ser noite da mãe dormir fora, este ajuntamento de mimo e pernas e braços sabe bem - apesar de acordarmos todos tortos e doridos, ficamos de coração cheio.