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Café, Canela & Chocolate

O site da autora Sofia Serrano. Conversas de uma mãe, que é médica Ginecologista/Obstetra e adora escrever. Com sabor a chocolate.

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O site da autora Sofia Serrano. Conversas de uma mãe, que é médica Ginecologista/Obstetra e adora escrever. Com sabor a chocolate.

Os segredos da mente das mães

Avatar do autor , 06.05.18

(...) Vários estudos ao longo dos anos têm demonstrado que o cérebro das mulheres e o dos homens funcionam de modo diferente. A nossa mente é única.

As hormonas influenciam de forma importante o nosso comportamento em cada dia do mês – e por isso podemos ter flutuações de humor marcadas, e diárias.

Temos mais desejo sexual cerca de dez dias após o início da menstruação e sentimo-nos ótimas. Depois, à medida que se aproxima o período seguinte, só nos apetece fi car no sofá, com uma manta, um chá quente e um bom livro. Somos intuitivas – e a nossa intuição é biológica, e não mística.

Conseguimos facilmente descodificar as necessidades dos outros, em particular dos filhos. Quantas de nós não percebem que o filho está a ficar doente só de olhar para ele? Vários investigadores explicam isto através da evolução e da seleção natural: pensa-se que as mulheres, ao longo do tempo, foram selecionadas pelas suas capacidades de perceber se os fihos precisavam de comida, calor ou conforto sem recorrer a palavras, assegurando assim a sobrevivência da espécie.

Está demonstrado que as mulheres se lembram mais facilmente das características físicas dos outros, e descodificam rapidamente as mensagens não verbais: expressões faciais, posturas, tons de voz. Também sob uma situação de stresse, as mulheres reagem de forma diferente à dos homens: nelas, o clássico "fight or flight" (o «lutar ou fugir ») é geralmente uma reação mais estratégica e menos agressiva. Mais planeada e até manipuladora. Ou seja, a evolução mostra ainda que as mulheres tiveram de aprender a desenvolver formas de evitar a agressividade, porque a sobrevivência dos seus filhos dependia de si.

 

A gravidez altera o nosso cérebro, e há vários estudos que demonstram que a memória, em particular, é muito afetada pela gestação. Pensa-se que estas alterações têm que ver com a preparação dos circuitos neuronais para a maternidade. Porque, na verdade, ter filhos implica grandes alterações na vida.

Mas a evolução mostra que as mulheres sempre se apoiaram umas às outras na tarefa de criar os filhos – apesar de ser cada vez menos frequente na nossa sociedade moderna, com muita tendência para vivermos isolados, num ritmo diário acelerado.

Partilhar a tarefa da maternidade com outras mães parece ser benéfico para mães e filhos, a nível físico e emocional – o tradicional provérbio "it takes a village to raise a child" (é preciso uma aldeia para criar uma criança).

Os laços entre mães e filhos são únicos, e a amamentação é uma das formas de se estabelecer uma ligação importante e ao mesmo tempo assegurar a saúde.

Amamentar parece estar relacionado com a redução de vários tipos de stresse na mulher, além de outros benefícios cientificamente comprovados, como perda de peso mais fácil ou a melhoria da imunidade no recém-nascido. Um estudo recente demonstrou que a amamentação daria ao cérebro da mãe uma sensação de bem-estar mais intenso e prazeroso do que a cocaína. (...)

 

As mulheres são seres únicos. Este texto está no meu novo livro. Podem ler mais no "O Livro da Mulher".

Feliz Dia da Mãe para todas as mães!

 

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  (nós no Zmar sem filtros nem make-up! Felizes!)

 

 

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