Às grávidas que vão passar o Natal no Hospital
, 24.12.18
Quando se planeia um filho, imaginamos uma gravidez de 9 meses tranquila. Imaginamos o momento de dar a notícia à família, o dia em que sabemos se é menina ou menino, o primeiro pontapé. Sonhamos com o chá do bebé perfeito, pensamos ao pormenor como será o quarto, a cama, o carrinho, as primeiras roupas.
Mas nada nos prepara para os imprevistos da gravidez. Não esperamos que nos digam , perante o resultado de umas análises que estamos com diabetes e que é preciso ter cuidados extra para que tudo corra bem. Não imaginamos que um dia de manhã haja uma hemorragia e seja necessário ficar de repouso e não ir naquela viagem que ansiávamos fazer para nos reunirmos à família. Não esperamos, a uns dias do Natal, começar com contrações muito antes de tempo, e termos de ficar no hospital, deitadas, a fazer medicação para que o suposto momento mágico do nascimento não aconteça cedo demais. Não era isto que estava planeado, não era isto que tínhamos sonhado.
A verdade é que a vida é imprevisível e muda a cada instante, e quando falamos de gravidez mais ainda. E quando nos tornamos mães, desde aquele momento em que aparece o segundo trancinho no teste de gravidez, deixamos de ser só nós. O mundo muda e o nosso bebé passa a ser a nossa prioridade.
Por isso, as grávidas que estão neste momento deitadas numa cama de hospital, a lutar pelos seus bebés com toda a sua alma e garra, longe da família e amigos nesta época de partilha, estão na realidade a dar aos seus bebés o melhor presente de sempre : o amor de mãe.
A todas as grávidas que estão longe da família e a viver um Natal diferente do que imaginaram, obrigada pela coragem e pela força, e que este seja um Natal especial, onde o amor é o mais importante.
Feliz Natal.