O meu despertador toca sempre primeiro. Há mochilas para preparar - escola, natação, aikido, ballet.Há lanches para organizar. A farda da escola. O pequeno almoço, que deve ter sempre uma boa dose de vitaminas, mas também cálcio e fibras.
Depois é preciso convencê-los que está na hora de levantar e conduzir a dança diária do come-veste-despacha. Os horários têm de ser cumpridos, senão há trânsito e tudo se atrasa. Deixá-los na escola, seguir para o trabalho. Consultas, ecografias, telefonemas, e-mail.
É preciso que nada falhe. Muita gente depende de um bom trabalho.
O almoço é a correr e muitas vezes é a fruta que de manhã coloco na carteira (os frutos secos e o chocolate preto não podem faltar). Depois é preciso estar à porta da escola na altura certa, levá-los às atividades que adoram, saber o que almoçaram e o que fizeram durante o dia. Ajudar nos TPCs. Atender o telefonema da amiga e da mãe. Ajudar nos banhos, fazer o jantar. Ouvir o marido falar sobre o dia de trabalho. Ler histórias, dar beijos, ver se estão bem tapados.
E cair no sofá, com um copo de vinho tinto, um episódio do Game of Thrones e a melhor companhia que é o pai dos meus filhos. É nesse momento, em que tudo está feito e tranquilo, quando eles dormem serenamente, que me sinto quase uma super mulher. Uma super mãe. Mas sei que cada instante é difícil, tenho muitas dúvidas se estou a fazer as coisas bem, não sei se no dia seguinte vou conseguir dar conta de tudo outra vez.
Respiro fundo.
E lembro-me que sou a pessoa mais sortuda do mundo por ser mãe daqueles dois miúdos lindos e cheios de energia, que questionam o mundo todos os dias. Que tenho um trabalho que adoro. Que tenho ao meu lado o amor da minha vida, que é o pai dos meus filhos.
Sim, sinto-me uma #WonderMother! E aposto que vocês também!